A China acusou esta quarta-feira as autoridades de Taiwan de “entregarem de bandeja” a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), o maior fabricante de semicondutores do mundo, aos Estados Unidos, onde a empresa anunciou grandes planos de investimento e expansão.
De acordo com Chen, a TSMC está a tornar-se “uma empresa americana”, o que, segundo ele, é um sinal de que o Partido Democrático Progressista (DPP), no poder em Taiwan, “só tem em mente o egoísmo partidário e não se preocupa com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan ou com os interesses do setor industrial”.
O porta-voz advertiu que o DPP “vai avançar” na via da “venda e destruição de Taiwan” e que o setor industrial e o povo do território “não só perderão postos de trabalho, mas também oportunidades de desenvolvimento futuro”.
O porta-voz acusou o líder de Taiwan, William Lai, de “vender Taiwan” e de “abuso de poder”.
A TSMC controla cerca de 90% do mercado mundial de fabrico de semicondutores avançados, essencial para empresas norte-americanas como a Nvidia e a Apple, e para tecnologias como a inteligência artificial.
O CEO da TSMC, C.C. Wei, anunciou no início deste mês, a partir da Casa Branca, um investimento de 100 mil milhões de dólares (quase 93 mil milhões de euros) nos EUA, que alguns analistas interpretaram como um gesto de boa vontade para com o presidente norte-americano, Donald Trump.
O investimento destina-se a construir três novas fábricas, duas instalações avançadas de embalagem de "chips" e um centro de investigação e desenvolvimento.